Paradoxal
Prendendo a caneta aos lábios, escreveu no tablet: “Não estou precisando de nada, obrigado!” Com a ponta da caneta, selecionou um emoticon feliz e enviou. Um raio de sol, insistente, brincou em seu rosto. Ele fechou os olhos e esperou que a posição da terra mudasse. Ninguém ali para fechar as cortinas.
Guardo cicatrizes de felicidade.
Almejando registrar suas memórias, ele frustrou-se ao encontrar os escaninhos da mente vazios e empoeirados. As páginas do livro ficaram em branco.