Passeia na praça.
Exibe importância,
mostrando ao mundo
que não é mais criança.
Ele não sabe, mas
falta muito
pra ser um rapaz.
O menino, na escola,
não resolve equação.
Esquece a lição.
Olhos cerrados, sonha
com as minas na praça,
que passam sorrindo,
esbanjando graça.
Uma briga necessária:
dizer adeus à inocência.
Um momento
de amadurecimento,
lucidez e desatino,
na transição, crescimento
do homem e do menino.
Na fusão desses dois mundos
vivem mistérios...
Essa praça tem conteúdo.
Não é apenas um espaço
onde vagueiam meninos
feito abandonados
aos próprios destinos.