Garoa caiu,
trazendo nuvens de insetos
na tarde de abril.
Desperta a lagoa.
Sob o luar, movimento.
A notícia voa.
Um grito de cá
e a saparia em conjunto
responde acolá.
Em meio ao capim,
coaxa o sapo-martelo:
- Hoje tem festim!
Cururu, o sapo,
estende a língua viscosa
- Este está no papo!
Ao final da ceia,
sapo dorme sobre a pedra
de barriga cheia.